sábado, 12 de setembro de 2015

Fim da Copa do Mundo Feminina de Vôlei 2015

No último domingo, chegou ao fim mais uma edição da Copa do Mundo Feminina de Vôlei, com o título conquistado mais uma vez pela China de Lang Ping, que chega ao seu tetra campeonato, com o surpreendente vice-campeonato da Sérvia. Ambos ganharam as duas vagas para Rio 2016, o que força a favorita EUA a disputar o Pré-Olímpico continental da Norceca para conseguir a vaga para as Olimpíadas Rio 2016. Considerações:

1- Em um campeonato de pontos corridos se fala sempre que todo jogo é uma decisão, e todos os jogos tem o mesmo valor do início ao fim, e nesta Copa do Mundo, a máxima valeu ao pé da letra, já que o título foi decidido ainda na primeira rodada, onde houve o confronto direto entre Sérvia e China, com vitória das asiáticas por 3 X 1.
2- Para alegria de muitos(e tristeza minha), houve uma pequena alteração no regulamento das competições FIVB, agora o primeiro critério de desempate é número de vitórias, e só depois vem o número de pontos. Isso possibilitou que a Sérvia terminasse na frente dos EUA, mesmo com várias vitórias por 3 X 2. Prefiro o sistema antiga, pois o tie-break é um set de desempate e ele só existe para que um jogo de vôlei não termine empatado, sendo assim, um jogo decidido no quinto set é um "quase empate", e, na minha concepção, faz mais sentido, colocar o número de pontos acima do número de vitórias, valorizando quem vence com vitórias de "verdade", ganhando jogos por 3 X 0 ou 3 X 1.
3- Japão decepcionou em casa e ficou apenas em quinto lugar, a última posição entre os 5 postulantes ao título. Infelizmente neste ciclo olímpico o time ficou um pouco mais fraco com a saída da lendária levantadora Takeshita.
4- Mais uma sobre o Japão: os jogos do time em casa continuam com aquela atmosfera diferenciada que é sensacional, mas parece que o intervalo especial do segundo para o terceiro set infelizmente foi para o saco, não sei se é alguma exigência da FIVB que talvez esteja mais rígida nesse aspecto.
5- Terceira sobre o Japão: uma curosidade sobre a craque da seleção, a Saori Kimura, é que todos os narradores daqui do Brasil(diga-se de passagem, mais uma cobertura vergonhosa do Sportv no evento, ainda bem que existe a internet) chamam ela de "Saóri", diferente da pronúncia usada na dublagem de Cavaleiros do Zodíaco, onde a Deusa Athena, a Saori Kido, tem o nome pronunciado como "Saôri".
6- Quarta e última sobre o Japão: parece que a seleção feminina é bem mais prestigiada que a masculina, enquanto a feminina, que sempre briga por pódios, tem o patrocínio de uma multinacional, a Nissan, a masculina, que mal consegue se classificar para as competições que disputa, ou melhor, só disputa por ser país-sede mesmo... é bancada por uma tal de "Japanet" que nunca ouvi falar. Curioso isso, já que geralmente os homens é quem recebem melhor tratamento, como no futebol brasileiro.
7- Assisti Quênia X Peru na última rodada. Foi um jogo surpreendentemente bom, disputado por duas equipes do mesmo nível, com vitória das africanas por 3 X 2, com todos os sets decididos pela diferença mínima de dois pontos em seu placar, pena que foi mais uma daquelas partidas que "tinha menos gente que no campinho de futebol do bairro", como no Sangue e Areia de onde eu moro. Com a vitória o Quênia terminou em décimo, se mostrou bem superior à sua rival Argélia e está bem encaminhada para Rio 2016.
8- Já o Peru parece que vai ficar chupando dedo mais uma vez, já que seu vôlei, apesar do técnico brasileiro, não consegue se reerguer. A Argentina da jovem Sol Piccolo, xará daqueles dois personagens citados em post anterior, grande promessa de sua seleção e 19 anos completados ontem, vem crescendo, e, se não ameaça o Brasil, ao menos vem se consolidando como segunda força da América do Sul e não deve ter dificuldades de ir para as Olimpíadas. Na Copa do Mundo ela fez a melhor campanha de sua história com um oitavo lugar, 12 pontos, 4 vitórias e 7 derrotas.
 9- Panorama das vagas restantes para as Olimpíadas Rio 2016: China abriu vaga para o Japão na Ásia, na Norceca EUA pegam a vaga e empurra República Dominicana e um terceiro time para a repescagem(o curioso é que como só 4 times disputarão o torneio Norceca, um dos times que disputou o Mundial e o Pan não vai nem disputar o torneio), a Europa é a briga de cachorro grande de sempre. O curioso é que ano que vem teremos duas repescagens mundiais, uma sendo uma espécie de "Primeira Divisão", o Pré-Olímpico Mundial, com quatro da Ásia, dois da Europa, um da América do Sul e um da Norceca, dando 4 vagas(sendo 1 obrigatoriamente asiático) e uma "Segunda Divisão", o Pré-Olímpico Intercontinental, com 1 Norceca, 1 da América do Sul e 2 da África, onde o campeão se classifica, garantindo assim um time "bônus" na Rio 2016, se bem que tô achando que a República Dominincana vai entregar algum jogo no Pré-Olímpico da Norceca pra ficar em terceiro e pegar essa baba, que será a vaga olimpica mais fácil da história do vôlei feminino. O curioso, é que, assim como no WWE e nos supermercados do Rio de Janeiro, "Mundial" tem uma reputação melhor que "Intercontinental".
10- Falando nisso, o Aniversário Mundial começou ontem e vai até o início de outubro.

11- Menção honrosa para a música-tema do evento, que infelizmente ainda não achei o link. Pelo que escutei por alto nos jogos do Japão, parece ser um j-pop bem legal como de costume, não deixando nada a dever aos temas que escuto no dia-a-dia no universo "nerd" do Japão.
12- Já começou a competição masculina. Com a presença de 3 europeus, Argentina sempre perigosa e Japão fazendo uma boa competição dentro de suas limitações, deve ser uma competição no geral melhor que a feminina(sem contar a cobertura superior do Sportv), Pena que vai acabar em um meio de semana.... o curioso é que na última bateria de jogos o Japão deixa de fazer a partida principal e vai para a hora do almoço, já que seria forçação de barra fechar os dias finais com jogos que provavelmente não valerão nada. O último jogo do torneio será EUA X Argentina, jogão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário