terça-feira, 1 de setembro de 2015

Games Nas Olimpíadas - Post 2



O post mais visitado do blog entre os textos que não falam sobre mulheres aborda a polêmico se video-games competitivos são ou não esportes, mais exatamente sobre uma campanha online que apoia a inclusão dos games nos Jogos Olímpicos:

Post Extra - Operação Games Nas Olimpíadas

Este foi um post publicado ao final dos Jogos Olímpicos de Londres de 2012, eu não só apoio a causa como ele foi a base para que este blog ganhasse uma cara "definitiva" e ser o que é hoje, mudando o rumo do que inicialmente deveria ser apenas um blog com notícias sobre games, um pouco de competitivo e registro de detonados que eu faria dos meus jogos favoritos(que no final das contas jamais foram feitos, faria de Shining Force, Phantasy Star, mas daria prioridade a jogos obscuros no Brasil e no ocidente em geral, como Langrisser e Feda). Decedi no meio do ano fazer um especial com as Olimpíadas(que também são competição e entretenimento, como todo esporte), peguei gosto, veio a novidade citada acima, e... estamos aqui hoje. O tempo passou, e ao final da grande competição poliesportiva que acompanhei após Londres, os Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015, veio à cabeça novamente o site responsável pelo post polêmico, o Torch For Gaming ( http://torchforgaming.org/  , que até o momento da publicação do post conta com 95752 assinaturas de 213 países, nada mau), e desde então pensei em um forma de retomar o assunto. Parece que chegou a hora...


Com o crescente sucesso e aumento exponencial da popularidade dos esportes eletrônicos em todo o mundo, como por exemplo, a final do Campeonato Brasileiro de League of Legends levando 12 mil espectadores ao Allianz Parque/Arena Palmeiras, e o Mundial de Dota 2 ter uma premiação maior que um torneio de clubes top tier do futebol internacional, a Libertadores da América, o Santo Graal de todos os 12 times grandes do futebol brasileiro, novamente veio à tona a polêmica, no momento em que a contagem regressiva para Rio 2016 deixa a marca de 1 ano para trás. Sites de apostas ingleses abordam o assunto, e apostadores garantem que nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2030, Dota 2, ou algum outro rival menos cotado, ganhará seu lugar ao Sol(ou seria ao gelo) no seleto grupo de competições abençoadas pelos Deuses do Olimpo.

Link da notícia do Techtudo: http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2015/08/cbn-no-controle-dota-2-sera-jogo-olimpico-dizem-apostadores-ingleses.html

Link do áudio da Rádio CBN que destacou o assunto, com Thássius Veloso: http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/cbn-no-controle/2015/08/25/INGLESES-ACREDITAM-QUE-JOGOS-ELETRONICOS-ESTARAO-NAS-OLIMPIADAS-EM-2030.htm

Comentário: Seria bom demais os esportes eletrônicos reconhecidos como esportes olímpicos, poderia ficar ainda melhor, onde um dos jogos que representaria a categoria eletrônica poderia ser um de luta ao invés de um dos citados nos links. Como todo bom brasileiro fã de jogos de luta, a emoção máxima seria ver The King of Fighters nas Olimpíadas, mas, em um cenário bem mais plausível, a hora é de torcer por Street Fighter, a Capcom está realizando um investimento pesado no jogo, e tem como objetivo fazer de seu mais novo lançamento(em breve no PC e no Playstation 4) o League of Legends dos jogos de luta, com torneios com proporções gigantescas e premiações astronômicas, o que dá esperança e vontade de torcer muito pelo sucesso da mais nova atualização da franquia. Seria o máximo ver o Daigo disputando uma medalha olímpica. Espero estar vivo para ver...

... e aí entramos em mais duas polêmicas, que podem ocorrer caso o Street Fighter seja regulamentado como esporte olímpico:

1- Caso o Street Fighter esqueça a coerência do vôlei de praia de permitir mais de um competidor olímpico na competição(são 2 duplas para os países melhor ranqueados no esporte referido) e adotar um regulamento igual à bizarrice do judô, onde cada país só pode ter um competidor por categoria, o resultado pode ser desastroso. No Mundial de judô ocorrido semana passada vários países fizeram dobradinha em algumas categorias, mostrando o quão esdrúxulo é esse regulamento, o que pode levar a uma naturalização em massa de competidores, para que todos estivesse aptos a disputar as principais competições do cenário internacional. O Brasil por exemplo poderia naturalizar o Tokido(Japão) ou o Combofiend(EUA)... poderia virar uma chuva de japoneses naturalizados como acontece com o país número 1 em vários esportes como Brasil(futebol, futsal), EUA(basquete) e China(tênis de mesa). No futsal, já teve time italiano de brasileiros disputando mundial em alto nível, e no vôlei de praia, a dupla Geor/Gia (Renatão/Jorge, quem lembra?) foi quarto lugar em Pequim 2008.
2- E aí vem a segunda polêmica: será que eles seriam bem aceitos pelos torcedores do país pelo qual se naturalizassem, e, do outro lado da moeda, será que eles seriam respeitados pelo povo do país de origem caso escolhessem defender outro país? Complicado... aqui, por exemplo, temos a mesatenista Gui Lin, chinesa naturalizada brasileira, e Larry Taylor, americano jogador de basquete também naturalizado. Do outro lado da moeda, o caso mais polêmico dos últimos tempos foi Diego Costa, atacante que chegou a ser convocado em amistosos para a Seleção Brasileira de Futebol, mas na Copa do Mundo optou a seleção espanhola, gerando injusta indignação de muitos torcedores tupiniquins.



Para fechar, será que esse trio se enquadra nessa turminha citada na sentença de encerramento do post? Espero que sim...

Edit: Para finalizar o assunto, duas coisas:

1- Assim como pai é quem cria e nem sempre quem gera, brasileiro é quem escolhe nosso país para competir, sim senhor, independentemente de ter nascido em nosso território ou não.
2- O Twitch agora transmite partidas de xadrez, e não é o xadrez virtual, é o de verdade. Não é nada, não é nada... uma equiparação de esportes eletrônicos com o principal dos esportes mentais pode ser um indício de um futuro grandioso para os e-sports.

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