domingo, 30 de setembro de 2018

The FALL Classic


Esse fim de semana tem o torneio "The Fall Classic" nos EUA. Na época que ele estreou, em 2013, nos sites especializados se dizia que ele queria ser uma "EVO da Costa Leste". No primeiro ano foi até bem, foi a etapa americana qualificatória para a Capcom Cup, mas depois só desceu ladeira abaixo. Ano passado perdeu a chancela da Capcom Pro Tour, e, esse ano, saiu do calendário da Tekken World Tour(após ser evento master ano passado. Realmente o "Fall" no nome combina com o evento. Pelo menos eles nunca quebraram a palavra deles que Dead or Alive sempre seria uma das atrações principais do torneio. Ano que vem devem vir mais fortes com o Dead or Alive 6. Alguns torneios gigantes passaram por crises no passado. Alguns afundaram e foram extintos(como o Shadaloo Showdown, ex-principal torneio de jogos de luta da Oceania), outros deram a volta por cima e voltaram mais fortes que antes(como a Canada Cup).

domingo, 9 de setembro de 2018

SNK Heroines - Review

Enfim, anteontem no Japão(e ontem no resto do mundo) foi lançado o mais novo título de luta da SNK, o SNK HEROINES: TAG TEAM FRENZY, o sucessor espiritual do título de bolso "Gals Fighters" que reúne várias personagens femininas da empresa, a grande maioria oriunda do KOF 14. É um "spin-off" dele.
Não é nenhum arrasa-quarteirão, mas achei divertidinho. Um pouco abaixo do que eu esperava, mas ainda assim um bom jogo. Ele tem dois públicos-alvo distintos: o primeiro é o fã hardcore dos títulos da SNK(em especial de King of Fighters, é claro, mas sem esquecer os outros títulos de sucesso), que pode perceber inúmeras referências presentes no game para nenhum fã botar defeito(os finais do game - já disponíveis no Youtube - são hilários e imperdíveis). E o outro é o jogadores que tem interesse em aprender jogos de luta mas ainda está começando e ainda não tem muita intimidade e experiência com eles, já que os comandos são bem simples, é tudo acionado ao toque de botão ou direção + botão, sem a necessidade de comandos mais complexos como o "meia lua soco". Recomendadíssimo.
Agora, para os jogadores que focam exclusivamente no competitivo, em títulos mais profundos e complexos, o SNK Heroines não é recomendado. Ele é do subgênero "anime games"(ou "bagunção" como diria o camarada Marcos) e a Arc System Works tem títulos mais recomendados para este tipo de jogador, como Guilty Gear Xrd Rev 2, Dragonball Fighter Z e Blazblue Cross Tag Battle. É um jogo sem dúvida para o jogador casual(ou para o jogador competitivo que quiser se desestressar depois de um dia inteiro cruzando com Cammys no Street Fighter V Arcade Edition).
O elenco é bom, mas poderia ser melhor. Focaram demais no KOF XIV e ele não é tão variado. Ficaram de fora personagens que cairiam como uma luva nele, como a Hinako do KOF 2000 ou a Akari do Last Blade. De personagens "inéditas" em relação ao KOF 14, só Terry Bogard(em versão feminina) e Shermie. O vilão/chefe final é Kukri, o Homem-Areia esquisitão inimigo do protagonista Shun'Ei em KOF 14.
Cada personagem tem três roupas disponíveis, uma roupa "padrão"(geralmente inédita para a personagem, por exemplo, a Kula com a roupa da Angel, a Zarina com a roupa do Bandeiras e a Muimui com roupa de novela de época), a segunda roupa seria equivalente à roupa "nostalgia" do Street Fighter V(equivalente à roupa padrão da personagem no KOF 14), e a terceira uma roupa mais nada a ver(o equivalente ao "Traje de Batalha" do Street Fighter V. É possível personalizar e misturar os itens(por exemplo, dá para jogar com Terry com o tapa-olho do Heidern).
Os gráficos estão melhores que no KOF 14, as personagens estão maiores, com zoom nos combates, só às vezes a poluição visual exagerada incomoda um pouco.
Os artworks estão lindíssimos, padrão SNK.
As músicas estão boas, mas nada de cair o queixo. Seguem o padrão atual de "música de cenário e música de personagem". Tem vários efeitos sonoros conhecidos de clássicos da SNK. Na tela de seleção, quando a personagem escolhida, o narrador fala o nome dela.
Os diálogos do jogo são bem ricos, quem tiver paciência vai passar horas no modo arcade, TODAS as combinações de duplas têm diálogos específicos. Existem algumas "duplas certas" que liberam ilustrações especiais ao terminar o jogo.
A SNK não esqueceu da gente, o idioma português brasileiro está persente. Os cinco idiomas presentes no game são os 4 idiomas da SNK clássico(inglês, japonês, espanhol MX e português BR), mais o francês(exatamente os mesmos do KOF 14).
O online só tem partida rápida e partida em sala(saguão de batalha). O jogo é tão casual que nem existem lutas ranqueadas nele.
Agora, por último, o que interessa, os controles.
O jogo se utiliza de vários botões(deve ser legal de jogar em teclado): ataque fraco, ataque forte, especial(direção + esse botão ativa os golpes), arremesso, troca, finalização(Danger Move), e... defesa! Isso mesmo. Aqui se defente com botão igual no Mortal Kombat. Nada de crossups no jogo(nem mixups, já que as personagens também não se abaixam e não existe gancho nem rasteira no game). Segure o botão de defesa e aperte uma direção para executar o rolamento. O jogo também tem air dash, marca registrada dos "bagunções".
Os comandos são simples e fáceis, mas confundem um pouco no começo para quem está acostumado com os jogos mais tradicionais. Sobre os itens, acho que eles serão banidos do competitivo, já que eles são ativados com o analógico direito, o que automaticamente deixa em desvantagem quem tem fightstick ou fightpad.
As lutas acabam rápido demais(mais até do que em Marvel 3 e BBTag), é só metade do sangue e um round só. Conforte se vai perdendo vida, o espaço para a barra de especial vai aumentando. Assim como no Art of Fighting, os especiais consomem barra, e quando ela acaba os golpes perdem força. Para conseguir a vitória não basta reduzir a vida do oponente a zero, é preciso finalizá-lo com um Danger Move.
Se o sangue acabar com um ataque normal, o boneco ficará tonto, semelhante ao "Finish Him". É um prato cheio para quem gosta de fazer "teabag".
Nota final: 7,5.