Mais um vexame do esporte brasileiro neste fim de semana que passou. Houve expectativa pelo desempenho do Brasileiro Chuchu durante a Capcom Cup no último sábado. Tampa Bison provocou. Chuchu ganhou destaque na mídia e apareceu até na Globo. Os gringos "do bem" chegaram a fazer post defendendo-o no Shoryuken e torceram para que ele surpreendesse. Mas o que todo brasileiro fã de jogos de luta e que acompanha os torneios nacionais e internacionais com frequência aconteceu. Chuchu sentiu a pressão, demonstrou bastante ingenuidade e inexperiência ao tentar o tempo todo fazer combinho de Ranked Match durante as lutas em pleno campeonato de nível mundial e foi massacrado em suas lutas contra Infiltration e Bonchan, tendo ganhado apenas um round de cada adversário e sendo completamente dominado no restante do tempo. Mas a derrota na Capcom Cup já era esperada, já que foi um torneio que reuniu a nata dos jogadores do Street Fighter pelo mundo. Mas o duro choque de realidade para a cena brasileira de Street Fighter veio um dia depois, no campeonato local Hadocon, um torneio no nível do WNF, em que Chuchu foi atropelado por um jogador comum, o desconhecido Fawwaz, em uma mirror match de C. Viper. Posteriormente ele foi eliminado do torneio por um jogador de Balrog, o que fez com que ele sequer conseguisse chegar ao Top16 do torneio, mostrando que ainda somos nanicos e nossos melhores jogadores ainda estão muito distante dos melhores do mundo e ainda estamos engatinhando na trilha para os nossa glória. A solução? Investimento maciço em intercâmbio para dar rodagem aos nossos jogadores, disputando torneios lá forma, e trazer jogadores estrangeiros para o Brasil para a troca de experiências. É um investimento a longo prazo, até porque, para que ele seja realizado é necessário um grande número de patrocinadores fortes por trás, o que os jogos de luta brasileiros não tem no momento. Mas quando esse dia chegar, os jogos de luta brasileiros poderão ter uma evolução digna de handebol, que passou de esporte escolar para campeão mundial na categoria feminina após forte apoio de patrocinadores(primeiro Petrobras e atualmente Correios), contratação de técnico estrangeiro, com a glória conquistada sob o comando do dinamarquês Morten Soubak, e parceria com um time da Dinamarca, que possibilitou que várias jogadoras da Seleção pudessem jogar juntas durante temporadas inteiras, e com isso ganharem ao mesmo tempo experiência internacional e entrosamento.
Voltando à Capcom Cup, torci muito para o Daigo, e após uma estreia onde ele "esquartejou" seu maior rival Justin Wong(o Flamengo X Vasco do Street Fighter), em sua segunda luta seguinte, assim como na EVO, mais uma vez no ano de 2014 ele foi mandado para a repescagem por um Dhalsim, sucumbindo desta vez ao macetão + counterpick de Xian, e posteriormente foi eliminado em uma luta emocionante por PR Balrog. O título ficou com o japonês Momochi(o que com certeza deixou Chocoblanka muito feliz), e do primeiro ao sexto lugar todas as colocações ficaram com jogadores de países diferentes. Dos países com representantes, apenas o Brasil ficou de fora da sequência dos tops, mostrando equiliíbrio entre os jogadores de nível mais alto, apesar de o Japão ainda ser de longe o país que tem os jogadores mais fortes no Street Fighter em quantidade. Somando isso com o fiasco de Chuchu no Hadocon(WNF de luxo) no domingo, a Capcom deve mudar os critérios de classificação para a Capcom Cup 2015(um dia ainda posto a minha ideia de fórmula de disputa), tornando mais difícil a participação de jogadores fora do eixo América Anglo-Saxônica/Ásia/Europa Ocidental. Espero que eu esteja errado, pois na minha opinião o Brasil ainda merece uma vaga na Capcom Cup. Não falo isso por patriotismo, mas sim com o intuito de ver o Street Fighter jogado em alto nível globalmente, assim como a FIFA na Copa do Mundo dá muitas vagas para Àsia e Àfrica para desenvolver o futebol em todo o mundo e manter o status do esporte de "esporte jogado em todos os cantos do planeta".
Pra fechar o post sem perder o bom humor: gol da Alemanha!
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