domingo, 28 de agosto de 2016

Fight in Rio 2016 - Olympia


Os Jogos Olímpicos Rio 2016 chegaram ao fim, mas o mundo não para de rolar, as competições de todo o tipo continuam a todo vapor no nosso lindo em querido Rio de Janeiro. Nesse fim de semana, pela primeira vez fui em um torneio grande de jogos de luta, e o melhor ainda, o campeonato de Street Fighter era a etapa carioca da Capcom Pro Tour, contando pontos para a Capcom Pro Tour Latam(América Latina), a Libertadores do Street Fighter, que ao final dará vagas para a Capcom Cup no final do ano, o Mundial de Street Fighter. Em maio disputei o torneio da Saraiva no Shopping Tijuca, mas sabia que desta vez o buraco seria bem mais embaixo.
O evento foi realizado no Centro de Niterói, fronteira do Rio de Janeiro capital com a região metropolitana(localidade que apesar de ser oficialmente fora dos limites do município, geograficamente é mais perto do Centro do Rio do que a maioria dos bairros da periferia da Cidade Maravilhosa), no auditório da Unidade Red Zero de lá(ex-Seven). Para quem ia de barca, não tinha mistério, fácil fácil de chegar lá, diga-se de passagem ao chegar na estação da Praça XV vi que ela estava com a mesma identidade visual do local onde trabalhei durante as Olimpíadas(e também irei trabalhar durante as Paralimpíadas), hehehehe, bem simbólico ir para um evento competitivo tendo que cruzar no meio do caminho com uma estação com tema olímpico, muito bom.
Sobre o evento em si, tudo para mim foi uma novidade, acompanho torneios desde 2010, mas foi a primeira vez que compareci presencialmente a um deles. Tirando o fato do banheiro do térreo estar entupido, foi tudo muito bom, auditório espaçoso, ambiente climatizado, estandes de vendas, tudo correu mais ou menos dentro do horário, sentei pertinho do Keoma, o maior jogador brasileiro de Street Fighter IV(estava a duas cadeiras atrás dele), fui com um primo e não senti a solidão costumeira do dia-a-dia, depois que começou o Street Fighter chegou o grande amigo Arildo Ricardo, o "Mestre Ryu", enfim tudo de bom.
Outros pontos negativos:
A- Pouca presença feminina. Para quem frequenta, por exemplo, eventos de anime, isso é um choque, mas infelizmente isso é um problema mundial em eventos de jogos de luta, é algo que vem desde os primórdios de fliperamas, casas de jogos(salvo aqueles fliperamas de shoppings feitos para o público casual) nunca foram e tão cedo não serão ambientes amigáveis para garotas, e não é culpa de x ou y, é questão cultural mesmo, sempre foi uma espécie de "identidade" dos games(exceto joguinhos de celular) presença predominante masculina, geralmente quem vai em eventos é namorada/esposa/filha/irmã dos jogados público-alvo do evento, e é algo que só acho que vai mudar quando os games caírem de vez no gosto do grande público, o que, apesar de algumas pessoas tentarem fazer parecer, ainda não aconteceu, para pessoas "normais", a resistência ao universo nerd/geek é muito grande. Além de o tema "luta" não ser a princípio um tema que agrade a maioria das garotas, é claro, por ser considerado pela sociedade um tema "masculino", assim como também é o futebol.
B- Não tinha uma estaçãozinha sequer com freeplay de The King of Fighters XIV no evento. Pô, mancada, o jogo foi lançado está semana, a galera ainda está bem animada com o jogo.
Sobre a minha participação no torneio: joguei bem tarde, estava no Grupo 7(de 8), Dei sorte no torneio, caí do lado oposto da chave ao dos favoritos Misterio, Keoma e Brolynho/Ibukiman. E dei mais sorte ainda por passar direto na primeira luta, mas sabia que seria muito difícil passar da fase de grupos, pois minha chave tinha dois jogadores contra quem já perdi feio no online, Tubarão(cabeça de chave) e Xitão, e correndo por fora, Ludo, que pela lógica, seria meu primeiro adversário. Ludo na Street Fighter V era uma incógnita para mim, mas seu histórico no competitivo é de respeito e sabia que seria muito difícil, em seu melhor ano no Street Fighter IV ele jogou contra os melhores do mundo e foi cabeça de chave na EVO(2013- diga-se de passagem, curiosamente, o último ano que tive oportunidade de acompanhar a EVO com afinco). Não deu outra, Ludo com seu Ryu venceu sua luta e me enfrentaria em sua segunda luta e na minha estreia com minha Laura. Como esperado, ele venceu. Na primeira luta, parecia cavaleiro de ouro contra cavaleiro de bronze, ele anulava praticamente tudo que eu fazia, mostrando conhecer bem o jogo apesar de estar jogando há pouco tempo. Na segunda luta, consegui tirar um pouco mais de sangue em ambos os rounds, mas faltou experiência em torneios para mim e fui enviado para a repescagem. Ganhei outro bye em seguida, e na minha segunda luta enfrentei alguém mais ou menos do meu nível, Loyde 007, jogador de Birdie. A luta teve altos e baixos de ambos os jogadores, mas no segundo round da terceira luta cometi um erro capital na hora de acertar o especial para finalizar o set e joguei o último round abalado psicologicamente, o que culminou com minha derrota por 2 X 1 e consequente eliminação do torneio em quadragésimo nono lugar. Fica a frustração porque se eu jogasse o meu melhor, não digo que conseguiria passar da fase de grupos e pontuar na Capcom Pro Tour, mas eu menos daria pra avançar um pouquinho mais e chegar em vigésimo quinto. Teve gente contra quem faço jogo duro que saiu vivo da fase de grupos em outra chave. Fica a lição e a esperança de que, com treinamento e experiência em torneios, dá para acreditar e chegar mais longe. Só não vou colocar hashtag "Eu acredito" aqui no blog porque todas as vezes que a torcida brasileira gritou isso nas Olimpíadas, o Brasil perdeu. No mais, agredeço a camaradagem da galera, era a primeira vez que jogava com meu controle fora de casa e não sabia que tinha que levar meu cabo para ele ser reconhecido em consoles de terceiros, felizmente não tive problemas em jogar com cabos emprestados para não tomar W.O. na primeira luta joguei com o cabo do SFT Dark 817 e, na segunda, do Loyde 007.
Hoje, nas finais, vi o torneio pela TV mesmo no aplicativo do Twitch para PS4, estava muito cansado. O título ficou com Brolynho e seu Necalli, com ZeusB(Karin) em segundo. O auditório parecia estar mais vazio do que ontem. Os sobreviventes do meu grupo foram ambos Top 8, Ludo em quinto e Tubarão em sétimo.


Bonus: vídeos das minhas lutas, cortesia de Arildo "Mestre Ryu" Ricardo:

Ludo X Marcio Yukio: https://youtu.be/3iAlkwVi968
Ludo X Marcio Yukio(2): https://youtu.be/ZP0mMOJ6C9I
Loyde 007 X Marcio Yukio: https://youtu.be/fb84Oc0secs

Atualização do post do Fight in Rio:

1- Na volta peguei um 363 com um motorista parecido com o Cheng Sinzan. Muito bom, correu pra caramba.
2- Falaram meu nome certo no torneio, Marcio Yukiô! Uau!
3- Em comparação da minha performação com algum atleta brasileiro nas Olimpíadas, pode se dizer que no Fight in Rio fiz o papel da Seleção Feminina de Basquete: cascudo até a página 2, porém derrotado em todos os confrontos.

Atualização 2 12/09/16:

Quando estava na barca para ir para o Fight In Rio, tinha um bebê chorando, e ocorreu o seguinte diálogo:
Homem: "Cala a boca!"
Mãe do bebê: "É criança!"
Falando nisso, estou me lembrando de uma viagem de barca que fiz em 2011 quando fui em um evento de anime do outro lado da poça, lembro que um casal estava nela, e o rapaz pediu a noiva em casamento em uma viagem ao pôr do sol. Confesso que fiquei morrendo de inveja.

Nenhum comentário:

Postar um comentário